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Editorial | O jogo da sucessão em 2022

Por: Editorial
07/04/2021 13:44
Reprodução/Facebook

O prefeito de Chapecó volta às discussões. Ele teria sido jogado para fora do campo em 2018 e não engoliu o atropelo que está atravessado em sua garganta desde que foi preso em 2017. Foi por este mesmo motivo que João Rodrigues foi eleito, mas não assumiu o mandato de deputado federal em 2018.

Agora, como comandante da maior cidade do Oeste, faz o marketing necessário para dar visibilidade ao seu terceiro mandato à frente de Chapecó.

Com a intervenção de Jair Bolsonaro na defesa do tratamento precoce, foi o que João precisou para atrair as atenções políticas que necessita para colocar sombra sobre o rival que, em tese, foi responsável por tirar sua liderança do debate estadual de 2018.

Com todas as atenções voltadas para aí, ele quer retomar seu projeto estadual e bater de frente com Gelson Merisio a quem julga responsável por minar sua ida para a majoritária.

O jogo sucessório é um enigma a ser decifrado. Ninguém sabe ainda se Jair Bolsonaro vai mesmo retomar a confiança perdida que, nas pesquisas, apontam uma queda violenta de apoio. Ninguém viu um líder defender a ciência e agir com responsabilidade contra 335 mil mortes que ele ignorou.

João Rodrigues joga na mesma linha do presidente e vai utilizar o que resta da popularidade para tirar dividendos políticos até o processo eleitoral do ano que vem. Ele diz que vai cumprir o mandato, mas é só falácias. Se ver a possibilidade de chegar, com reais chances de vencer o pleito, entrega o mandato ao vice do Progressistas e passa a negociar o jogo.

Na verdade, o processo vai se dar na continuidade de 2018. Como ficou fora, quer voltar. Com Julio Garcia longe, o PSD não tem um nome forte para disputar a eleição. Apostam em Napoleão Bernardes, mas o ex-prefeito de Blumenau estará sem mandato há quatro anos.

Se Gelson Merisio quer disputar o governo novamente, vai ter que fazer uma grande aliança. E João quer o mesmo espaço.

São os dois do Oeste dando protagonismo político às discussões.

Tratamento precoce é um tropeço. João distorce números, sabe disso, mas não está preocupado. O que quer é ser reconhecido dentro do jogo político. E está fazendo acontecer.

Vidas, neste caso, são secundárias.


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